sábado, 2 de junho de 2012

Fisiologia do Sistema Digestivo

Enzimas Digestivas:
As enzimas digestivas são proteínas com propriedades especiais que auxiliam o desdobramento de nutrientes complexos em mais simples, para que possam ser absorvidos pelo organismo, intervindo na digestão química.

Propriedades das enzimas:
São biocatalizadoras – como são orgânicas aceleram as reações da digestão e não se gastam tão rapidamente.
São específicas – só atuam em determinada substância, o Substrato. Funcionam como o modelo chave-fechadura.

São sensíveis ao pH e à temperatura do meio:
                                                                        -pH neutro – boca
• pH – o aparelho digestivo possuí três pHs: -pH ácido – estômago
                                                                       -pH alcalino - intestino

Uma enzima preparada para funcionar em pH neutro só funciona neste meio. Quando o meio se altera, a enzima é destruída.

                                                   - muito baixa – enzimas inativas.
• Temperatura: - muito elevada – enzimas destruídas.
                                                   - ideal (tª normal do nosso corpo) – velocidade de separação de moléculas rápida.

Digestão: Digestão – conjunto de processos físicos e químicos que originam a simplificação de macro moléculas em micro moléculas.

Boca
Processo físico – mastigação: os alimentos são rasgados e triturados através dos dentes, línguas.
Processo químico – ensalivação: mistura dos alimentos com a saliva através da língua e glândulas salivares

Saliva = água + amílase salivar (atua em meio neutro)

A amílase salivar desdobra o amido (polissacarídeo) em maltose (dissacarídeo)

A mastigação e a ensalivação originam o bolo alimentar.




Deglutição – alimentos prontos a serem ingeridos. • Língua – levanta e empurra o bolo alimentar para trás. • Véu do paladar – levanta e tapa a comunicação com as fossas nasais. • Bolo alimentar – desce para a faringe • Epiglote – tapa a comunicação com o aparelho respiratório

Esófago
Continuação da digestão química que ocorreu na boca.
Processo Físico – contração das paredes musculadas, movimentos peristálticos, o bolo alimentar é empurrado para o estômago.

Estômago
Ao chegar ao estômago o esfíncter pilórico fecha, o cárdico abre e o bolo alimentar caí e fica armazenado no estômago. O esfíncter cárdico fecha, começam os processos. P

rocesso físico – os músculos das paredes do estômago contraem originando uma onda peristáltica (dura 20 segundos), estes movimentos facilitam o contacto do bolo com o suco gástrico.
Processo químico – as glândulas gástricas lançam o suco gástrico que é constituído por enzimas e ácido clorídrico. Este é fundamental porque:
- Mata as bactérias nocivas ao organismo.
- Constitui o pH ideal para a atuação das enzimas.
- Contém as enzimas.

As enzimas são a pepsina e a lipáse gástrica.

A lipáse gástrica desdobra os lípidos em 3 ácidos gordos e em glicerol.
A pepsina desdobra as proteínas em polipeptídeos.

Passagem do estômago para o duodeno: os dois tipos de digestão transformam o bolo alimentar em quimo (mistura homogénea esbranquiçada) que passa em jatos intermitentes através do piloro para o duodeno.

Intestino Delgado
Processo físico – movimentos peristálticos
Processo químico – atuação das enzimas do suco intestinal, suco pancreático e bílis no quimo.

A bílis, produzida pelo fígado, separa a gordura em porções mais pequenas com a ajuda da lipáse pancreática.

Suco pancreático:
A amílase pancreática desdobra o amido em maltose (2).
A lípase pancreática desdobra os lípidos em 3 ácidos gordos e em glicerol.
A tripsina desdobra os polipeptídeos em dipeptídeos.

Suco intestinal:
Atacam os Glúcidos
A lactase desdobra a lactose em glicose + galactose.
A sacarase desdobra a sacarose em glicose + levulose.
A maltase desdobra a maltose em glicose + glicose.

Atacam os Prótidos
A erepsina desdobra os dipeptídeos em aminoácidos.

A digestão do intestino delgado termina quando o quimo passa a quilo.

Quadro síntese das enzimas que atuam no processo químico da digestão:

Intestino Grosso
A água e o sal são absorvidos no intestino grosso.
Produção de vitamina K e B12 por ação das bactérias.

Vai ser retirada água e as vitaminas K e B12 ao aos restos não digeridos e o quilo passa a fezes.

Absorção: A absorção ocorre, essencialmente, ao nível do intestino delgado.
É nas vilosidades intestinais que 90% dos nutrientes são absorvidos:
• Canal quilífero (amarelo na figura) – lípidos (ácidos gordos + glicerol) e vitaminas lipossolúveis são absorvidos.
• Vasos sanguíneos (vermelho e azul na figura) - água, sais minerais, vitaminas hidrossolúveis, aminoácidos e glicose são absorvidos.

No intestino grosso dá-se a fabricação das vitaminas K e B12, a partir do resto das substâncias que o nosso organismo não utilizou.

No estômago e esófago podem ser absorvidos todos os nutrientes no seu estado simples (água, vitaminas hidrossolúveis, glicose, álcool, etc.)

As restantes substâncias do quilo não aproveitadas irão constituir as fezes que sairão para o exterior através da defecação.

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